Há alguns dias falamos sobre “As novas famílias vêm aí: o que sua empresa tem a ver com isso”. E, para dar continuidade ao tema, hoje trazemos dicas de como lidar com o isso e o que sua empresa pode fazer.

Está claro que a diversidade na composição familiar gera impactos tanto na forma de trabalhar como nas expectativas que criamos sobre a organização para a qual atuamos. E, dependendo de como ela responde a isso, a produtividade e engajamento são nocauteados em cheio, seguido por perda de talentos e resultados.

A má notícia é que não há uma fórmula mágica com respostas rápidas. Adequar-se à nova realidade requer visão estratégica e flexibilidade. Isso se aplica na maneira como a empresa vai lidar com todas estas questões e também no modo como ela enxerga seus funcionários.

Você não chegará a lugar algum se não conhecer seu público a fundo

Sabemos que em Marketing não conseguimos nada se não conhecermos bem nossos clientes. O mesmo deve ser feito com funcionários, seu público interno. Por isso, entenda o que eles precisam, como se comportam, o que valorizam.

A partir daí, cruze essa informação com os interesses do negócio, das áreas e os resultados esperados. Então, crie facilidades, recursos ou benefícios que possam promover o equilíbrio pessoal dentro e fora do trabalho.

4 dicas do que pode ser feito (e algumas empresas já estão fazendo)

1) Seja coerente ao pensar em benefícios
Enxergue as necessidades de cada grupo de colaboradores. Isso exige avaliar como os benefícios são oferecidos e repensar quem se vai reconhecer como família e dependentes. Por exemplo: sua empresa considera companheiros do mesmo sexo na hora de montar o seu pacote? Será que toda a população necessita das mesmas coisas no mesmo desenho, como cobertura médica para o cônjuge, previdência?

Tenha em mente que respeitar as diferenças não é o que faz os custos aumentarem. Existe uma série de fatores que levam a isso, como inconsistências cadastrais, erros de desenho e outros que valem uma conversa futura.

2) Implemente Benefícios Flexíveis
Empresas gastam até 40% de sua folha de pagamentos oferecendo pacotes iguais para todo mundo, apenas diferenciando-os por nível hierárquico. Apesar de ser um modelo ainda pouco adotado no Brasil, ele é uma tendência mundial que resolve o problema de como atender as diversas necessidades, e sem impactar em custos. Isso porque permite agregar melhores opções para os planos atuais, e o funcionário escolhe o que for mais conveniente entre elas. Por exemplo: é possível incluir cobertura parcial para remédios de alto custo, reembolsos para educação, creche para filhos, etc.

3) Crie facilidades dentro da empresa
Use o poder de barganha que sua empresa possui para oferecer alternativas que podem atender bem essa diversidade familiar. Um bom exemplo é permitir o uso do motoboy. Uma vez que o pedido é feito com antecedência, ele entra no roteiro do dia e poupa um deslocamento desnecessário do seu colaborador – afinal, o que vale mais para você: a hora da moto ou do seu funcionário?

Outra opção é facilitar a compra de material escolar, medicamentos – como atacado os valores são sempre menores. Também, fazer convênios com lavanderias, sapatarias, costureiras e até com serviços para terceira idade, este último para ajudar quem precisa cuidar dos pais. Há inclusive quem disponibilize um dentista no local de trabalho para facilitar o atendimento da sua população.

4) Seja flexível com a forma de trabalhar, mas sem abrir mãos de regras
Jornada de meio período, home office, horário flexível, day off de aniversário, ajustes de horários em picos sazonais, redução do almoço para que colaboradores saiam mais cedo, extensão de licença maternidade não remunerada… Essas opções são bem conhecidas e muitas atividades permitem que elas possam ser adotadas. Mas tudo precisa ser feito de maneira formal e com critérios claros e coerentes. É possível que nem tudo possa ser oferecido para todos. A questão é descobrir o que é mais importante para seu time e a empresa.

 

Entenda que não é preciso gastar mais para se adequar às novas demandas de trabalho e pessoas – existem boas ideias que usam pouco dinheiro e são muito efetivas, como você pode ver. Trata-se de utilizar melhor os recursos financeiros versus a realidade dessa população para gerar mais resultados.

Se sua empresa tem alguma prática diferenciada que já atende essa nova realidade,
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