Encontrar um equilíbrio entre o que a empresa precisa e o que o colaborador deseja para sua carreira e bem-estar é um desafio que a maioria da empresas ainda está longe de superar. A pesquisa “Criando Melhores Ambientes de Trabalho” da MetLife – uma das maiores provedoras globais de seguros, anuidades e programas de benefícios para funcionários –, divulgada recentemente, aponta que em 2013, cerca de 55% se consideravam satisfeitos com seus empregos, e 40% com os benefícios recebidos. Agora, estes números caíram para 39% e 29%, respectivamente.

Diante disso, reter talentos tende a ficar cada vez mais difícil, já que sabemos que salário e benefícios ainda estão entre os principais estímulos para profissionais aceitarem uma vaga ou permanecerem nela no longo prazo. Em alguns casos, os benefícios são até mais valorizados, a depender do que a empresa tem a oferecer. E isso pode se tornar um grande diferencial.

Mais flexibilidade no que a empresa oferece

O estudo da MetLife trouxe à tona a palavra da vez: flexibilidade. Mais de 60% dos profissionais ouvidos disseram que a possibilidade de personalizar seus benefícios é um item importante para aceitar uma oferta de trabalho. Outros itens citados: ter horários de trabalho mais flexíveis (58%) e a possibilidade de fazer home office ou trabalhar remotamente (58%).

Quando questionados sobre o que os faria manter o posto atual, 58% deles citaram a capacidade de personalizar benefícios, e outros 57% afirmaram ser a possibilidade de manter estes benefícios com uma eventual troca de emprego.

No entanto, grande parte das corporações hoje ainda tem uma atuação tímida quando se trata deste tema. No Brasil, 48% das empresas oferece a possibilidade de jornadas flexíveis de trabalho, por exemplo; enquanto no Chile, este índice é de mais de 70%. Este dado oferece um pequeno tira-gosto do que é o mercado brasileiro: as empresas concordam com as práticas para melhorar o ambiente de trabalho, mas ainda tem dificuldades de implementá-las.

Benefícios flexíveis destacam-se como alternativa para atrair e reter talentos

Pesquisas recentes revelam que mais empresas vem adotando o modelo de Benefícios Flexíveis nos últimos anos. E há ainda muito espaço para crescimento nesse mercado. Não custa lembrar que as necessidades de cada colaborador variam de acordo com idade, condição social, circunstância financeira ou mesmo o momento da vida.

Ao flexibilizar os benefícios, a organização tem a possibilidade de oferecer opções mais vantajosas e variadas, sem necessariamente custar mais ao bolso do funcionário ou da empresa. Trata-se de uma solução que dá ao profissional a possibilidade de assumir o controle do que recebe em seu pacote, o que reforça o engajamento e a percepção do valor investido pela empresa. A pessoa recebe um número de pontos suficientes para a troca por um pacote mínimo que melhor atenda suas necessidades. O saldo dos pontos, então, pode ser usado em outras opções como educação, upgrade de plano médico, entre outros.

Sendo o programa bem estruturado e administrado, Recursos Humanos ainda consegue reduzir o investimento em comparação a um modelo tradicional. Mas, para isso, é fundamental que o novo desenho seja realizado com base em estudos aprofundados da população e características do negócio e fornecedores.

O maior desafio aqui é construir um programa estável de Benefícios Flexíveis, e que só pode ser superado com a ajuda de empresas que tenham vasta experiência no assunto, ferramentas apropriadas e uma carteira de implantações robusta.

Modernizar a oferta de benefícios não é só uma tendência, mas uma exigência para as empresas que têm a preocupação de atrair e reter talentos.

Leia mais:

:: Benefícios Flexíveis: a tendência desvendada

:: Benefícios Flexíveis e o fantasma do aumento de custos 

:: Por que implantar Benefícios Flexíveis